No meio de tantas dúvidas, surgem também vários mitos. Eu sei, você já ouviu falar que o azeite importado é melhor, ou que esquentar o azeite faz mal à saúde. Talvez já tenha visto alguém trazer azeite de longe e guardar por anos para usar em uma ocasião especial. Ah, e quando dizem que a cor do azeite é determinante para saber sobre a sua qualidade? Será que faz sentido? Vamos lá tirar essas dúvidas.
Mito 1: Azeite importado é melhor que o nacional
Muita gente acha que azeite importado é sinônimo de qualidade, especialmente os que vêm de Portugal, Espanha e outras partes do Mediterrâneo. Mas, sabia que muitos desses azeites chegam ao Brasil em grandes tonéis e são engarrafados por aqui? E isso pode ser um pouco arriscado: quanto mais gente e processos no meio do caminho, maior a chance do produto ser adulterado. Fora que o transporte pode danificar o azeite, que é super sensível ao calor – como um suco de fruta!
Aqui, no nosso lagar, produzimos azeite do começo ao fim: da colheita ao engarrafamento. Temos nosso próprio olival (acredite, muitas marcas grandes compram azeite de outros fornecedores e embalam como se fossem seus). Além disso, temos tecnologia de ponta – e nosso maquinário é dos melhores do mundo! Uma equipe italiana acompanha todo o processo de extração, garantindo controle de temperatura em cada etapa. No campo, é a mesma dedicação: da colheita até a extração, as azeitonas levam apenas seis horas para virarem suco! Em outros lugares, essas frutinhas podem ficar dias expostas, oxidando.
Os prêmios falam por nós: já são mais de 70 espalhados pelo mundo! Nada mal, né?
Mito 2: Esquentar o azeite faz mal à saúde
Você já ouviu falar em "ponto de fumaça"? É um termo técnico da gastronomia que se aplica quando qualquer óleo ou gordura começa a queimar e liberar aquela fumacinha. Quando isso acontece, o óleo libera compostos químicos que não são legais para a saúde. Mas, calma! Não é o fato de esquentar o azeite que faz mal, mas sim queimá-lo. O azeite extravirgem tem um ponto de fumaça entre 160°C e 190°C. Para comparar, quando você frita um ovo, a temperatura alcançada ali fica entre 120°C e 130°C. Ou seja, dá para cozinhar tranquilamente com azeite. Se ele começar a soltar fumaça e um cheiro estranho, aí sim você passou do ponto!
Mito 3: Vale a pena guardar um azeite mais caro para um momento especial
Essa é clássica! Azeite é como suco de fruta – quanto mais fresco, melhor! Guardá-lo por anos não vai melhorar o sabor; ele pode oxidar e perder todas as suas propriedades nutritivas. Então, o que fazer? É fácil! Comprou o azeite? Use! Aproveite o momento, saboreie! Nada de deixar o “suco de azeitona” envelhecer na prateleira. Além do mais: a vida é curta ;)
Mito 4: A cor do azeite determina a qualidade dele
Olha, não é bem assim. A cor do azeite não indica se ele é bom ou ruim. Sabia que, em concursos internacionais, os azeites são provados em copinhos de vidro azul? É para que a cor não influencie os jurados! A cor pode mudar por várias razões: tipo de azeitona, ponto de maturação, e por aí vai. Azeite não é tudo igual. Então, não se engane: existem azeites de diferentes sabores, cores e aromas.
Dá uma espiadinha em nossos produtos, escolha um (tá começando? vá de Blend da Safra - um azeite bem suave e que combina bem com uma série de pratos) e depois me diga o que achou!
Um beijo,
Glenda Haas
Azeitóloga Lagar H